A Machine Translation Post Edition (MTPE) ou Pós-edição de tradução de máquina, também conhecida como tradução automática, é essencialmente (como você pode imaginar) um processo segundo o qual uma tradução é (inicialmente, pelo menos) inteiramente realizada por um computador.
A tradução automática apareceu pela primeira vez na década de 50; no entanto, hoje em dia, tem se tornado cada vez mais popular, devido ao aumento da demanda por textos traduzidos.
Uma apresentação feita durante o Autumn Roadshow 2017 pela SDL (fornecedora do Trados Studio, a ferramenta de tradução assistida por computador mais usada por tradutores), afirma que 61% dos tradutores acreditam que a MT é crucial para serem competitivos no setor, embora apenas 28 % deles realmente a usem.
Na verdade, a MT (Machine Translation) não fornece traduções perfeitas, e requer a contribuição de um linguista profissional para chegar a um resultado final satisfatório.
O processo de revisão, correção ou reorganização de uma saída de MT é chamado de Pós-edição.
78% dos tradutores afirmam que pós-editam a maior parte de um texto ou ele todo.
Essa tarefa pode ser comparada ao ato de verificar se há 100% de correspondências em uma memória de tradução (TM), embora seja provável que, nesse caso específico, você encontre mais erros do que durante uma revisão normal.
De acordo com as “diretrizes internas”, a MTPE deve se concentrar em:
- Erros gramaticais, sintaxe, semântica, ortografia, pontuação e hifenização;
- Alcançar a maior precisão na tradução da terminologia chave, certificando-se de que os termos não traduzidos devem ser assim admitidos devido ao pedido do cliente;
- Certificar-se de que nenhum dado foi acidentalmente acrescentado ou excluído;
- Alterar qualquer conceito impertinente ou culturalmente inadequado;
- Utilizar a produção da MT bruta tanto quanto possível.
Foi demonstrado que a MT pode melhorar a produtividade e acelerar o fluxo de trabalho, por isso, especialistas acreditam que muitos mais projetos já estão sendo e (serão cada vez mais) executados usando este método.
O tema do meu TCC na Pós graduação em Tradução foi exatamente sobre o futuro da tradução e a MTPE. A pergunta que mais respondi foi: a tradução automática poderá substituir humanos? E a resposta é: não.
É bastante improvável que a MT substitua humanos, já que o processo de pós-edição é estritamente necessário para garantir um resultado final confiável.
Ainda há muito o que falar e pesquisar nessa área, mas em curto prazo, podemos ficar tranquilos em relação ao nosso trabalho.
Por enquanto nenhuma máquina consegue substituir um tradutor!
A dica é se aprofundar cada vez mais nas novas tecnologias e estar atentos as novas tendências na área da Tradução.
Um tradutor deve ser (antes de tudo) um ótimo pesquisador.
Bom para nós, e que venha mais trabalho!